Jogar na terra do ídolo Ronaldo era o grande sonho do pequenino Lucas Nanía. No aniversário de 27 anos, dia 16 de janeiro, ganhou esse presentão ao ser anunciado como jogador do Vitória, seu sétimo clube na carreira. A torcida ficou naquela: será que esse argentino joga mesmo?
É muita gente pra jogar, Nanía! Contra o Camaçari, pelo menos vai rolar um banco de reservas
Até hoje os rubro-negros seguem com essa interrogação na cabeça. Em três meses no clube, o meia atuou por pouco tempo nas vitórias sobre Camaçari e Serrano, ambas pelos jogos de ida desta segunda fase. Sumido da relação de Lopes nas últimas três partidas, Nanía está na lista pra pegar o Camaçari, amanhã, às 18h30, no Barradão.
Mas a concentração rubro-negra não será novidade pro gringo, como é chamado pelos colegas na Toca. O meia, há um mês regularizado, ainda mora lá. “Eu concentro toda semana”, brinca o argentino, reserva amanhã, apesar do técnico botar time misto.
A adaptação não está sendo fácil. “O futebol no Chile é mais lento e os zagueiros não são grandões como aqui. Cada país tem um estilo de futebol diferente. Aqui é muito ofensivo, com muita técnica. Estou me acostumando”, comenta ele, que estava no Everton, do Chile.
Peso
Não basta qualidade pra jogar aqui. Isso Nanía teve que aprender. Ele chegou fora de forma e abaixo do peso. “Ele chegou com 60 quilos e já ganhou três”, informa o preparador físico Ednílson Sena. São quatro refeições diárias cheias de cuidado pra se manter em dia com a balança.
Além do peso, Nanía teve que dar um grau nos dentes. Se apresentou com cárie. Zero bala, agora só falta é jogar. Dedicação, pelo menos, não falta. O cansaço é tamanho que o meia de 1,70m sequer pegou coragem de conhecer os pontos turísticos soteropolitanos quando rolam umas folguinhas.
Mas está perto disso acontecer. A esposa Jimera, grávida de quatro meses, conseguiu 10 dias de folga no trabalho pra vir a Salvador no final de abril. Ela vai ficar num hotel. Já seu Rosário e dona Liliana, os pais do argentino, só virão de Buenos Aires quando ele tiver numa casa. Joga logo, Nanía!
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